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Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD)

Por: Cleonice Barros, Psicóloga, 02/25269

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é uma condição mental do
neurodesenvolvimento que se caracteriza pela falta de atenção e hiperatividade/ impulsividade.
Geralmente são identificados na infância, todavia tende a perpassa as diversas fases do
indivíduo. Hoje há um grande percentual de diagnósticos que indicam o TDAH, por isso, é válido
levar em consideração a visibilidade que essa problemática tomou. Na literatura médica já se
falava em transtorno hipercinético em meados do século XIX, porém sua nomenclatura vem
sofrendo mudanças continuamente. Na década de 40 é apresentado com o nome de lesão
cerebral mínima, nos anos 60, mudou para disfunção cerebral mínima. Pesquisadores chegaram
a conclusão que essa problemática se originava mais pela disfunção em vias nervosas do que em
lesões na mesma (GONÇALVES, 2011).
Conforme Souza e colaboradores (2002), é admitido que a discrição do TDAH como entidade
clínica ocorreu em 1902, em Londres, onde o doutor George Still apresentou um trabalho
descrevendo 43 crianças com características de agressividade, desobediência, emotividade,
desinibição, atenção contínua limitada e deficiência de comportamento governado por regras,
sendo de origem neurológica.
Para ser diagnosticado com o TDAH, é preciso presentar pelo menos 6 dos 18 sintomas
constantes no DSM-V, indica-se que o processo de avaliação deve passar por uma equipe
multidisciplinar formada por psiquiatras, neurologista psicólogos e ainda contar com entrevista
de pais e professores. O ambiente escolar é o estabelecimento social que mais agrega
diversidade de comportamentos e aprendizado, nesse sentido é nesse espaço onde se observa
com mais facilidade a desatenção e a dispersão que a instabilidade que o referido transtorno
traz para essas pessoas. Para os docentes é primordial o maior conhecimento desse transtorno
para que possam possibilitar a elaboração de didáticas e cuidados específicos apropriados para
uma evolução satisfatória no processo de aprendizagem, e interação social , tornando as aulas
mais estimulante despertando o interesse e a atenção, de maneira que sejam envolvidos nas
atividades programadas.
É importante a participação dos familiares juntos aos docentes para uma melhor compreensão
e desenvolvimento do sujeito, cabendo aos familiares não estigmatizar e nem nomear como
incapazes ou alimentar a desesperança, do contrário o ambiente familiar torna-se desfavorável
provocando altos níveis de estresse, sentimento de frustração, que pode transmuta para um
comportamento instável podendo leva os responsáveis a punir, hostilizar e negligenciar essas
pessoas. Os danos causados pelo transtorno podem conduzir a pessoa a internalizar convicções
distorcidas sobre si mesmo, o que afeta diretamente seus aspectos subjetivos. Sentindo-se
diferente, tendem a apresentar dificuldades de se relacionar em grupos sociais, e a interação
social é essencial para a elaboração de sua subjetividade e relações interpessoais. É
imprescindível que haja a estrutura necessária e indivíduos orientações apropriadas para
acompanhamento desenvolvimento e tratamento dos indivíduos acometidos pelo TDAH.
Esquecimento e desatenção em um certo nível faz parte da vida de qualquer pessoa mas no
momento que essa questão esteja afetando a rotina e interferindo de alguma forma, trazendo
algum nível de prejuízo é importante procurar uma avaliação especializada.

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